Olá, amigos!
No meu último aniversário resolvi
ir a Paraty, uma cidade histórica que fica entre o Rio e São Paulo e por onde
se chega através de uma estradinha sinuosa que passa por Angra dos Reis. A
empresa de ônibus que leva, a partir do RJ, é a Costa Verde, saindo da
Rodoviária Novo Rio e são mais ou menos 5h de ônibus. A distância nem é tão
grande, mas como a estrada é cheia de curvas (o que, aliás, não aconselho para
quem sofre de labirintite) então o ônibus acaba indo mais devagar, sem contar o
fato de que ele entra e para em algumas cidades pelo caminho.
Essa não era minha primeira vez
na cidade. Cheguei a ir em 2011, para o festival de música latina, contudo, na
época, eu namorava um carinha bem desagradável que conseguiu transformar minha
viagem em um inferno, o que foi, inclusive, a deixa para que eu pudesse
terminar com ele.
Dessa vez eu estava indo como
gosto: sozinha e com a viagem toda planejada para poder aproveitar tudo o que a
cidade tinha a me oferecer.
A rodoviária de Paraty fica bem
perto do Centro Histórico e dá para ir a pé. Eu estava hospedada na Pousada Casa
do Rio (Rua Antonio Oliveira Vidal, 120), um albergue meio caidinho, mas era o
que eu podia pagar. A dona do hotel foi
até simpática, quando eu cheguei, me explicou como tudo funcionava e me mostrou
o quarto para 6 pessoas que só estava ocupado por duas australianas. Conversei
um pouco com elas (em francês, já que não falo inglês) e descobri que aquela
seria a última noite delas ali e que no dia seguinte elas partiriam para Angra.
A pousada oferece locker (mas é
preciso levar seu próprio cadeado), piscina, vista para a lago, passeio de
barco (que eu não me interessei em fazer) e café da manhã bem simples, mas
satisfatório, entretanto o quarto é bem
apertado e o ventilador era meio fraco, levando em conta que estávamos em pleno
verão!
Deixei as coisas lá e fui
passear. Passei por uma agência de
turismo chamada “Estrela da Manhã” (Avenida Roberto Silveira, 31) e comprei um
city tour pelo Centro Histórico a pé para o dia seguinte. Mesmo assim, fui dar uma voltinha por lá só
para reconhecer o terreno e comer alguma coisa, levando em conta que já eram
18h e eu não tinha almoçado ainda. Fui a
um restaurante chamado “Paraty 33” logo na entrada do centrinho histórico, e que tinha sido a minha única lembrança boa
da minha viagem de 2011. Porém, dessa vez, a comida estava meio sem graça. Não
era ruim, mas não tinha muito gosto. Pedi peixe achando que seria bom, afinal,
Paraty é uma vila de pescadores, mas me decepcionei...
Voltei para a Pousada para dormir
cedo. Aquele era o dia da primeira Lua cheia do mês e no meio da madrugada
acordei e vi aquela lua linda no céu!
O city Tour acabou e eu fui almoçar num restaurante chamado “Candeeiro”.
Novamente pedi peixe e novamente ele estava meio sem graça ...mas melhor que o
do dia anterior.
Foi durante o almoço que desisti
definitivamente de ficar na cidade e fui até a rodoviária antecipar minha volta
de domingo para sábado. Começou a chover
e voltei para o albergue para arrumar minhas coisas e esperar a chuva passar.
No fim da tarde, voltei ao Centro
Histórico e, como havia chovido, consegui tirar aquela clássica foto do reflexo
dos casarios na água. Ficou bacana. Aproveitei para passar numa lojinha chamada
“Empório da Cachaça” (rua Dr. Samuel Costa, 22) e comprar um licor de milho
verde muito gostoso que eu havia experimentado durante o City Tour de manhã.
A chuva recomeçou e parei para me
abrigar numa cafeteria bem fofinha chamada “Café Pingado” que foi minha melhor
experiência na cidade. Comida boa, café bem gostoso e atendimento muito
simpático. Preços justos.
O difícil foi conseguir voltar
para o albergue, pois estava tudo
alagado. As ruas pareciam rios! A guia havia contado, pela manhã, que o chão em
pé de moleque, que foi originalmente colocado pelos escravos, já foi retirado 3
vezes: uma para colocarem manilhas, outra para colocarem os dutos com os fios
de luz dado o risco de incêndio com os fios pendurados e a última, há 2 anos,
para trocar as manilhas que já estava velhas. Só que na última recolocação, o
piso ficou irregular e andar por lá sem tropeçar é agora tarefa árdua até para
os moradores da cidade. Só que nessa história de tira e põe piso, aquele caimento
que havia no piso original e fazia com que a água da chuva corresse para o mar,
não existe mais, portanto, quando chove, agora, ninguém mais consegue andar
pela cidade sem enfiar o pé até a canela na água!
Finalmente cheguei ao albergue,
arrumei tudo e fui dormir, feliz da vida, que no dia seguinte eu iria embora! Realmente eu não gostei de Paraty (sinto
muito pelos leitores do blog que amam essa cidade e vão se chatear comigo) e não
pretendo voltar. É uma cidade que dei como “conhecida” e, para mim, já está de
bom tamanho.
Até a próxima!